Queridos e queridas amigos,
Nada como um longo café da manhã em Buenos Aires para colocar as ideias em ordem. Nos últimos dias tenho me envolvido nos esforços de montagem da parte negra do Governo Dilma Rousseff. Além da diversão do jogo em si, o vai-e-vem das conversas tem me despertado incomodos que só minha terapia domética é capaz de explicitar. Aqui uma saudação importante, mas que a beleza estoanteante e vivacidade impactante, são as perguntas certeiras de Cristiane Mare que me permitem explicitar tais incomodos na forma de problemas.
Atualmentente, me pertuba profundamente a cultura governista que faz com que nós nos devoremos para ocupar o lugar pelos brancos definidos como nossos. Nós desconfiamos uns dos outros, Denunciamos uns aos outros, delegitmamos uns oas outros. Nós companheiros unidos pela dor e o sofrimento, nós que transformamos nossas tormentas em criatividade e beleza, no Governo dos brancos, somos inimigos de nós mesmos.
Urge romper esse ciclo tenebroso. Mais uma vez é preciso ser dito, se o Governo eleito por negros e mulheres quiser ser coerente com seu discursos de comprometimento com a causa antirracista e antissexista deveria implementar já 20% de cotas para negros e negras em todos os cargos comissionados (assessores, coordenadores, diretores, secretários, ministros). A presidenta Dilma Rousseff deveria exigir de cada ministro ou ministra a lista de negros e negras a ocupar cargos disponíveis.
Um abraço,
Paulino Cardoso
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