Ações afirmativas na UDESC - Avanços e desafios.

Colegas,

Os últimos embates entorno da implantação do Programa de Ações afirmativas na Universidade do Estado de Santa Catarina tem contribuído imensamente para compreender as dificuldades política de promoção de igualdade em nosso país.
De fato, pessoas de diferentes grupos sociais estão convencidas de que a política de ação afirmativa está na agenda política e será executada. Deste modo, elas não se sentem a vontade de se posicionar contrárias a esta onda. Nossa impressão é que uma parcela significativa das pessoas não tem argumentos consistentes e não racistas para si posicionar contra a política. Um segundo avanço importante é que setores posicionados no campo de esquerda tem militado de forma positiva a favor de ações anti-racistas, o que tem colaborado de forma decisiva para a manutenção do programa.

No entanto, não temos conseguido conquistar pessoas que se situam em lugares estratégicos da administração universitária, o que tem turvado um pouco o debate, dando a impressão de que se trata de um embate entre situação e oposição.

Trata-se de um equívoco que precisa ser rapidamente desfeito, pois pessoas em diferentes campos tem apoiado as ações afirmativas, inclusive votando no CONSUNI de forma favorável a sua aprovação.

Segundo aspecto importante é que a Resolução 43/2009 apresentou alguns problemas que tem sido eclipsado pelo temor de uma reviravolta conservadora. Chamamos atenção, especialmente para dois pontos: a) vagas suplementares; b) inclusão de pessoas com deficiências. Ao que tudo indica, a criação da vagas suplementares altera os planos político pedagógico dos cursos e produz encargos, mesmo que pequenos para a Universidade.
Como é de conhecimento de todos, a inclusão de pessoas com deficiência no Programa de Ação Afirmativa foi uma diretriz estabelecida pelo CONSUNI após a apresentação das linhas gerais do programa e a comissão teve pouco tempo para elaboração de uma proposta que contemplasse esta indicação.

Entendemos,portanto, que poderíamos construir um consenso no interior da Universidade, ao propor uma ação (não tenha idéia de qual a forma adequada, reconhecida por nosso Regimento Interno), de supressão dos artigos que dizem respeito aos dois itens citados, possibilitando a realização dos estudos necessários e submetendo aos conselhos competentes os pontos do seu interesse.

Para a causa da igualdade é fundamental dissolver as imagens bélicas que cercam os embates políticos entorno da sua aprovação, pois neste confronto não podemos ter vencidos e vencedores, pessoas que sejam como inimigos irreconciliáveis, mas homens e mulheres empenhados em construir uma universidade de excelência com compromisso social .
Mãos a obra!!!

Comentários

Tania disse…
Parabéns pelo Blog! Percebi que ele já existe desde 2009, mas eu não conhecia.
Obrigada pelo envio.
Tania