O inferno de Mirian e o céu de Eike e Guilherme


Publicado em Congresso em Foco

“No Brasil a cor de pele decide entre ser e não ser suspeito, criminoso e condenado. Aqui não precisa investigar muito porque a inocência ou a culpa está na cara”, diz o filósofo Bajonas Teixeira ao criticar a diferença de tratamento dispensado a brasileira apontada como suspeita de matar italiana e ao empresário acusado de causar prejuízos a milhares de investidores

Montagem: Anna Clara Pereira Pinheiro Teixeira de Brito
"Uma figura mais limpa que pau de galinheiro, como Eike Batista, financia as UPPs e coloca a população pobre inteira da cidade e de suas periferias, como suspeitos desde o berço. Uma jovem estudiosa, séria e exemplar, vai parar atrás das grades simplesmente por ser negra. Por ser negra, ela é mentirosa"
Bajonas Teixeira de Brito Junior *

O Brasil é um país curioso e, como dizia Tom Jobim, não é coisa para amador. Aliás, a trilha sonora de Orfeu Negro 1959 é de Jobim.  O filme é não só um retrato, em cor e alta qualidade, do negro brasileiro no Rio de Janeiro no fim dos anos 50 (muitos ainda andavam descalços), mas uma construção da beleza negra que flerta de perto com o sublime. Por desvendar essa beleza que, no Brasil é sacrilégio, o filme foi lançado ao Hades (inferno) do esquecimento. Ele ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1960, o que aumentou o ódio das elites brancas, porque a obra mostrava a imagem de um país cheio de pretos no exterior. E pior, lindas mulheres negras no coração da Cidade Maravilhosa. Nesse instante em que, como Orfeu, descemos ao inferno para resgatar Mirian (Eurídice), aproveitamos para trazer clandestinamente de volta essa obra de Marcel Camus, muito cultuada entre os negros americanos, como se pode ver nos comentários do Youtube que traz o filme completo. Eurídice, representada por  Marpessa Dawn, única atriz estrangeira, é a cara de Mírian.  Pois bem. Ao Hades e aos seus conturbados demônios.
Guilherme Fontes, ator medíocre, que representou sempre o eterno papel de bem nascido nas novelas da Globo, é um deles. Seus principais atributos como ator parecem provir de seu talento biológico, o fato de ter nascido loiro e dotado de dois olhos azuis bem visíveis. Foi essa também a herança genética de Eike Batista. Para ambos abriram-se as portas dos bancos, o tesouro público, o sorriso dos gerentes, etc. Ambos pintaram e bordaram, sapatearam com força sobre o dinheiro público, entraram na esbórnia e desceram até a orgia. O primeiro, há dois meses foi condenado a restituir aos cofres públicos R$ 80 milhões.
Guilherme, vamos tratá-lo assim com o carinho que merece, tem uma condenação anterior, em 2010, por sonegação fiscal (além de se apropriar das verbas públicas, também subtraiu os impostos que devia pagar). Ele recebeu uma sentença de interface amigável: três anos de prisão convertidos em trabalho comunitário (ninguém nunca viu uma foto sequer desse trabalho) e 12 cestas básicas no valor de R$ 1 mil cada. Enfim, com toda a sua ficha suja, já que havia o processo pelos milhões apropriados rolando em paralelo, ele literalmente pagou seus três anos de prisão com R$ 12 mil. Ou seja, R$ 12 mil divididos por 36 meses ou 1095 dias = R$ 1,09 por dia.
Pois bem. Cada um dos dias de prisão a que foi condenado, ele pôde saldar com esse mixaria ordinária de R$ 1,09. Convenhamos: para quem travou R$ 80 milhões não ficou assim tão puxado. Ainda mais que o juiz, compreensivo, dividiu em 12 prestações. Não é à-toa que agora, condenado a pagar R$ 80 milhões ele simplesmente ri na cara da Justiça e diz que não vai pagar. Cospe na face da população afirmando que fez o filme, que está prontinho e só falta a grande estreia. E debocha descaradamente de todos afirmando que seu ‘filme’, o Chatô, o rei do Brasil, é “o filme mais aguardado de todos os tempos”. É espantoso imaginar como um basbaque desse pode roubar R$ 80 milhões dos cofres públicos. Mas é isso mesmo: o Estado brasileiro foi desenhado para que esses micróbios façam o eterno butim.
E Eike Batista? Eike, vamos tratá-lo assim com afeto, limpou os bancos públicos e sujou o nome do país nos quatro cantos da terra. A crise atual de credibilidade da Petrobras não seria possível sem ele. Os bilhões perdidos pelo país, devido a essa crise, a fuga de capitais, ao própriodébâcle das organizações X (poucos, nesse país, ainda lembram de como eram as coisas antigamente, isto é, poucos meses atrás. Vale lembrar para os mais jovens: o país vivia sobre a ditadura do sr. Eike e seu grupo X. Sua sabedoria, integridade, capacidade empreendedora, visão de longa distância, modéstia de vida, bondade natural, espírito público, livros geniais de autoajuda empresarial, etc., eram festejados todos os dias. As UPPs, para quem não sabe, são um projeto pensado, financiado, tocado e implementado por Eike Batista. Pois é, com seu interesse em lotear toda a cidade do Rio, investir no “turismo seguro”, Eike tinha que produzir uma cidade murada por guetos. E ele conseguiu isso num estalar de dedos. Quando a crise começou, uma das suas primeiras iniciativas foi dizer que não financiaria mais as UPPs. Eike, como Guilherme, também gosta de debochar. Chegou a ir para os jornais dizer que é duro voltar à situação de classe média. Pois é. Matéria na imprensa esta semana relata a nova vida apertada de Eike: como todo membro em situação periclitante de classe média, Eike tem que se apertar com salário de “cerca de US$ 400 mil”, isto é, algo em torno de R$ 1 milhão por mês.
Por muito menos que isso o megainvestidor americano Bernard Madoff foi condenado à prisão de 150 anos, ou seja, prisão ad eternum. Pois é, por toda a sua eternidade vestirá uniforme listradinho fashion e desfilará pelos corredores vips de uma penitenciária federal.
E os nossos gatunos eméritos? Vão bem, obrigado. São tratados a trufas e caviar preto siberiano. Sim, iguarias que agradam os palatos mais exigentes e as bocas mais gulosas. Essesbon vivants estão livres como pássaros e felizes como pintos no lixo. No fundo, porém, gozam de um privilégio muito venerado num país como o Brasil: eles são biologicamente corretos. Nasceram loiros e dotados de dois olhos azuis em cada face rosada. Ambos estariam, de tão parecidos, no mesmo spa cercado de muros altos e arame farpado afiado a que, pelo mundo, se costuma enviar esses grandes vultos da nacionalidade. Mas o Brasil costuma tratar melhor quem se reveste com uma pele menos carregada de melanina. Melanina, ou pretonina (melas em grego significa preto) aqui é vista como um veneno originado da luz solar, que leva a graves defeitos de caráter.
É isso. No Brasil a cor de pele decide entre ser e não ser suspeito, criminoso e condenado. Aqui não precisa investigar muito porque a inocência ou a culpa está na cara. A sentença vem escrita na pele como num papiro. Uma figura mais limpa que pau de galinheiro, como Eike Batista, financia as UPPs e coloca a população pobre inteira da cidade e de suas periferias, como suspeitos desde o berço.  E o Brasil todo já teria UPP se não fosse o abalo momentâneo do grupo X. O PT sempre foi entusiasta. Seu ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, poderia ser eleito padroeiro e grande entusiasta das UPPs. Mas não só ele, quase toda a cúpula irresponsável.
Agora vamos ver o outro lado. Uma jovem estudiosa, séria e exemplar, vai parar atrás das grades simplesmente por ser negra. Por ser negra, ela é mentirosa. Por não ser cúmplice dos seus algozes, não se confessar culpada, manter a sua dignidade, ela se torna a suspeita número um de um crime que não poderia ter cometido.
Seja por não possuir a força física exigida para praticar o crime, pelo fato de estar a “meros” 300 quilômetros do local em que foi cometido, por não ter qualquer motivo para praticá-lo, por ter uma vida acima de qualquer suspeita, por ser vivaz e articulada porque, afinal, é uma estudante de doutorado numa das universidades mais conceituadas do país, ela deveria estar acima de qualquer suspeita. Mirian é uma pesquisadora de alto nível e, como diz uma de suas professoras, não poderia por sua índole cometer qualquer tipo de crime.
Engana-se, porém, redondamente quem acredita que no Brasil o negro mais bem vestidinho, falando bonito, e apresentando alguns títulos (estudante, doutor, formado, instruído, gestos contidos de classe média, fala mansa e voz baixa, etc.) angarie maior respeito. Muito pelo contrário. Quanto mais boa pinta o negro for, mais suspeito ele se torna. O negro mal vestido é suspeito porque parece perigoso. E o bem vestido, é duas vezes mais suspeito porque disfarça o perigo, ou seja, além de mau é ardiloso.
Por isso, tão desenvolta diz a delegada que Mirian caiu em “inúmeras contradições”. Arrematando esse raciocínio ela diz: “Ela tem reações que variam muito: às vezes ela nega, às vezes não fala nada.” Bem, se eu fosse acusado falsamente por um crime que não cometi certamente o negaria. Com a insistência bestial (isso é tortura, é bom lembrar, tortura psicológica, mas tortura) me recusaria a falar. Foi como Mirian procedeu, estando sozinha, sem advogado, famílias, amigos. Queremos coisa mais digna que isso? Mas negar inúmeras vezes ter praticado o crime é, para a delegada, a prova de que a suspeita praticou o crime. Mirian é mentirosa, falsa e vil. Enfim, ela é satânica. Alguma coisa excepcional nisso? Não. É o pressuposto de julgamento no Brasil de todo julgamento das elites brancas sobre os negros. É o pressuposto cultural inconsciente com que se desenha o retrato falado dos negros.
Até a promoção em larga escala da vinda dos imigrantes para tentar liquidar a existência de pretos no país, o Brasil viveu vários séculos de justificação religiosa da escravidão. Os jesuítas, tendo à frente o padre Vieira, criaram a seguinte justificativa: livres são os negros trazidos escravos para o Brasil, porque estes vêm para conhecer Deus e são recebidos na vida eterna (aliás, eram recebidos rapidinho no céu, porque em certas momentos a vida média dos escravos era de cinco anos apenas). Os negros livres na África, diziam os jesuítas, são os verdadeiros escravos, porque não conhecem senão a feitiçaria e o demônio.
Quando a educadora alemã Ina von Binzer trabalhou no Brasil na década de 1880, ouviu das filhas de um senhor de escravos em cuja fazenda atuava como preceptora o seguinte sobre a origem dos negros:
Aliás, por falar em cor, fiquei espantada de ver essas crianças serem de pele tão pouco escura, quase branca mesmo [logo depois do nascimento]. “Eles vão ficar pretos” – disseram-me [as filhas do fazendeiro] com um sorriso de desprezo, em parte relativo aos pretos e em parte à minha ignorância – “só as plantas dos pés e das mãos continuarão claras”. Eles dizem que quando Cam emigrou para África, tinha, por ordem de Deus, tocado com as mãos e os pés nas águas do Jordão, que recuaram, afastando-se dele; mas desse contato ficaram para seus descendentes, mesmo sob o sol ardente da África, essas partes mais claras. (Carta de 14 de agosto de 1881, fazenda São Francisco)
É daí que vem a expressão “filhos do Cão”, muito usada no Nordeste. Sua origem é a dos Filhos de Cam (nunca passaria pela minha cabeça que o racismo no Nordeste é maior que no Sul. Mas é muito parecido). Por isso, na sua proveniência genealógica mágico-teológica, “filho do cão” significa “homens pretos”.
Disso segue outra consequência também profundamente arraigada na teologia cristã (por isso, é bom que saibam todos os que pensam em fazer o catolicismo trabalhar para sua militância, que isso é totalmente nefasto): que negro não pode ser doutor. Doutor, lembremos bem, era o título dado a São Tomás de Aquino, o maior dos teólogos católicos na Idade Média, o angélico doutor. Como se ia admitir que preto pudesse ser doutor? Como o satânico negro poderia gozar do mesmo título que o angélico doutor? Assim, sobre os inícios da universidade no Brasil, lembrou José Murilo de Carvalho na sua tese de doutorado (A construção da ordem: a elite política imperial. Brasília : UNB, 1980, p. 60.):
“Menciona-se (…) a presença de estudantes de cor já nos primeiros anos da Escola de São Paulo, aos quais, por sinal, um dos professores se recusava a cumprimentar alegando que negro não podia ser doutor.”
Pois é. Lima Barreto, nos primeiros anos do século XX, foi reprovado nada menos que cinco vezes pelo brutal e racista professor Licínio Atanásio, em mecânica racional. Isso aconteceu ali mesmo, entre aquelas paredes feitas de pedras e argamassa de óleo de baleia, onde eu mesmo também estudei filosofia um século depois, de frente para o Largo de São Francisco e a rua do ouvidor, ao lado das escadarias que, segundo Machado de Assis, dormitava o filósofo Quincas Borba (no terceiro degrau das escadas de São Francisco, à esquerda de quem sobe). Lima Barreto chegou a matricular-se seis vezes nessa disciplina mecânica racional mas, até mesmo um herói, que vive para a luta (é o que diz Benjamin em seu ensaio sobre Goethe), chega um dia que verga. E Lima Barreto foi obrigado por fim a renunciar a ser doutor. Negro não podia ser doutor. Lima Barreto desistiu de ser doutor para ser o maior escritor brasileiro, ou seja, muito mais que a ridícula mixaria que negaram a ele.
Ora, agora, cento e dez anos depois que o genial Lima Barreto arrastou o seu calvário, o que vemos? A mesma violência simbólica e material aplicada pela delegada encarregada do caso. Negra não pode ser doutora. Negra deve ser suspeita. Mirian é ainda mais suspeita por cursar doutorado na UFRJ. Os negros devem se transformar naquilo que o projeto transcendental branco já os destinou a ser: vilões, bandidos, pensionários dos hospícios, suspeitos e condenados, habitantes das masmorras infernais. Assim os brancos constroem esse belo país chamado Brasil, à imagem e semelhança deles. Em inúmeras matérias Mirian foi apresentada como “a carioca”. Simplesmente isso, a carioca. Bela ironia inconsciente da burrice porque, na língua dos índios exterminados pelos portugueses, carioca (cari-oca) significa casa de branco.
De onde vem a necessidade de tanta violência da parte dos brancos? Vem da própria fundação do império de ultramar português. O mundo hierárquico português criou dois tipos de brancos. Um foi chamado de brancos puros, os nascido na metrópole, em Portugal, e o outro de “brancos da terra” ou  “brancarões”, isto é, brancos sujos, amestiçados, os nascidos na Colônia. Assim, tal como a palavra alemã reine, que significa “puro” mas também “limpo”, os portugueses criaram a distinção entre eles, homens puros moral e religiosamente, e os da Colônia, indignos de fé, infames e inferiores. Entre os dois grupos se colocou um muro de prestígio e valor. Muito da forma de agir da elite branca brasileira vem da defesa que constituiu nesse momento: covardes demais para realizarem uma revolução como nos EUA, os brancos da terra, para se compensarem, transferiram com maior violência para baixo, para os seus agregados, os mulatos, os negros, o estigma da inferioridade. Criaram, entre muitas outras, a mácula do mulato: mulato pernóstico, mulato sabido, mulato brejeiro, etc.
Sobre a “pureza” pretendida pelos portugueses é interessante lembrar que na Europa, a começar pela França, se dizia no alvorecer dos tempos modernos, que a África começava do outro lado dos Pirineus, ou seja, Espanha e Portugal. E isso devia ao longo domínio dos mouros. Enfim, quando se diziam puros os portugueses queriam se compensar do desprezo europeu. O assunto, como aliás cada um dos pontos que indicamos, vai muito longe e só podemos acenar para eles aqui. Mas já é o suficiente.
A condenação de Mirian França é uma condenação ao inferno, de natureza teológica e cabal. Ela não pode ser doutora e sua pretensão, tal como a de Lúcifer, que quis ser deus, deve ser severamente punida. Os brancos da terra, arrastam ainda os seus fantasmas pelas praias quatro séculos depois de terem pisado pela primeira vez nelas.
Hoje, quando o Brasil submerge na imbecilidade total dos crimes de ódio comandados pela novíssima velha direita, é sempre bom lembrar que as principais figuras da cultura brasileira, Machado de Assis (1839-1908), Tobias Barreto (1839-1889) e Lima Barreto (1881-1922) são homens negros. Filhos de mães negras. Para essas mães, quando chegar a hora certa, nesse país serão erguidos bustos e monumentos. Não só a cultura da África, mas também a da Europa, aqui só floresceu pelas mãos dessas mães. Só elas, como a mãe de Lima Barreto, professora formada que morreu cedo vítima das terríveis condições da vida levava, mas que ensinou o filho a ler, e com cuja voz o filho passou a vida a dialogar com ela em seus escritos, foram e são de fato mães da cultura brasileira. Liberdade para Mirian! Justiça para Gaia!
Obs: existe um suspeito estrangeiro. Mas dele não se sabe o nome, a nacionalidade, as motivações, quando chegou nem se já conseguiu evadir-se do país. Ninguém verá sua imagem nos jornais. Ele não está preso como Mirian. Talvez porque, ao contrário dela, tenha passaporte de outro país e possa fugir a qualquer momento. Não há, está claro, necessidade de detê-lo. Tudo permanece em segredo para não atrapalhar as investigações.
Finalizo com o seguinte: algumas pessoas ao me lerem comentam que escrevo bem. Na verdade, devo dizer que elas leem muito mal. Não se trata de escrever bem, mas de uma filosofia que está desenvolvida em cerca de mil páginas em três livros fundamentais, Lógica do disparate, Lógica dos fantasmas e Método e delírio. São as primeiras obras de filosofia escritas no Brasil. Até então, tudo foi mero tomismo (ou seja, escuta e obediência) com apelidos diferentes: Foucault, Marx, Deleuze, Derrida, Wittgenstein, Nietzsche, etc. Ao começar pelos nomes, que soam bonito para o filósofo brasileiro, está claro que tudo é pensado por uma obediência ao mandato cultural da Europa, a saber, sejam escravos! No Brasil se lê um filósofo para repetir frases bonitas. Da mesma forma como os jesuítas ensinavam seus pupilos a decorarem as passagens da Bíblia para depois repeti-las. Culto da memória (que é a faculdade da obediência), da submissão mental, das frases feias declamadas como se fossem belas: a isso se reduziu sempre a péssima filosofia brasileira.  E quase toda a filosofia americana que, por sinal, chega ao  completo despautério com suas versões cristãs e suas prédicas brancas da ‘libertação’. Libertação, isto é, um novo aldeamento das missões.
* Bajonas Teixeira de Brito Junior é doutor em Filosofia, autor do ensaio, traduzido pelo filósofo francês Michael Soubbotnik, Aspects historiques et logiques de la classification raciale au Brésil (Cf. na Internet), e do livro Lógica do disparate.

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